Mortes por Influenza dobram em São Paulo e acendem alerta na saúde pública

A cidade de São Paulo enfrenta um cenário preocupante de agravamento dos casos de gripe neste ano. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, as mortes por Influenza subiram de 77 para 175 em 2025 — um aumento expressivo de 127% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Esse crescimento reflete não apenas a alta circulação do vírus Influenza, mas também a baixa adesão à vacinação em grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades. O avanço da gripe já pressiona unidades de saúde da capital, que reportam aumento na procura por atendimento de pacientes com sintomas respiratórios graves.

O cenário fez com que a Prefeitura reforçasse o alerta à população para buscar atendimento médico ao menor sinal de sintomas, como febre alta, dor no corpo, tosse seca e cansaço extremo. A orientação principal continua sendo a vacinação contra a gripe, que segue disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para grupos prioritários.

**Vacinação abaixo da meta** Apesar da oferta gratuita, a cobertura vacinal segue abaixo da meta de 90% em todos os grupos. Segundo dados mais recentes, menos da metade dos idosos e crianças se vacinaram em São Paulo. Autoridades temem que o número de mortes continue crescendo caso não haja um esforço coletivo para ampliar a imunização.

Além da gripe, os hospitais também monitoram casos de Covid-19, vírus sincicial respiratório (VSR) e outros agentes respiratórios, o que complica ainda mais o diagnóstico e o tratamento imediato.

**Grupos de risco prioritários:** **Idosos** (60 anos ou mais) - Cobertura atual: 46% **Crianças** (6 meses a 5 anos) - Cobertura atual: 33% **Gestantes** - Cobertura atual: 31% **Pessoas com comorbidades** - Diabetes, hipertensão, doenças cardíacas **Profissionais de saúde** **Professores e trabalhadores da educação**

**Sistema de saúde pressionado** Com a chegada do inverno e a maior permanência das pessoas em ambientes fechados, especialistas alertam para o risco de uma sobrecarga no sistema de saúde, especialmente em UTIs pediátricas e leitos de enfermaria.

Para evitar esse colapso, o governo municipal anunciou a abertura de leitos extras, além da distribuição de testes rápidos para identificar Influenza A, B e Covid-19. O objetivo é acelerar o início do tratamento com antivirais como o oseltamivir (Tamiflu), que reduz os riscos de complicações graves quando iniciado nas primeiras 48h de sintomas.

**Principais sintomas da gripe:** **Febre alta** (acima de 38°C) **Dores no corpo e articulações** **Cansaço extremo e mal-estar** **Tosse seca persistente** **Dor de cabeça intensa** **Congestão nasal** **Náuseas e vômitos** (em alguns casos)

**População precisa agir** A coordenadora de vigilância em saúde de São Paulo, Dra. Carla Domingues, reforça: "Estamos diante de um momento crítico. A gripe mata. E a única forma de reduzir essas mortes é com vacinação e atenção aos sintomas. O vírus está em circulação intensa."

A população é incentivada a manter higiene das mãos, uso de máscara em locais de alta exposição e evitar contato próximo com pessoas vulneráveis durante sintomas gripais.

**Medidas de prevenção:** **Vacinação anual** - Principal forma de proteção **Higiene das mãos** - Lavar frequentemente com água e sabão **Uso de máscaras** - Em locais fechados e aglomerações **Isolamento** - Ficar em casa quando apresentar sintomas **Evitar aglomerações** - Especialmente se estiver doente **Hidratação** - Beber bastante líquido **Alimentação saudável** - Fortalecer o sistema imunológico

**Quando procurar atendimento médico:** • Febre persistente por mais de 3 dias • Dificuldade para respirar • Dor no peito • Confusão mental ou sonolência excessiva • Vômitos persistentes • Sinais de desidratação • Piora dos sintomas após melhora inicial

**Conclusão** Com o salto de mortes por Influenza em São Paulo, o alerta está lançado: a gripe, muitas vezes subestimada, continua sendo uma das maiores ameaças à saúde pública durante o outono e inverno brasileiros. A resposta da sociedade — por meio da vacinação e cuidado preventivo — é fundamental para evitar novas tragédias.

O cenário em São Paulo serve como alerta para todo o país, especialmente para cidades que ainda não implementaram campanhas intensivas de vacinação ou que apresentam baixa cobertura vacinal em grupos de risco.

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