
Nos últimos dias, imagens e mensagens divulgadas nas redes sociais provocaram alvoroço em Tibagi e região. As publicações mostravam barracas improvisadas com lonas pretas, estruturas de madeira e a tradicional bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), levantando suspeitas de uma nova ocupação ilegal nas imediações da PR-441, estrada que liga os municípios de Tibagi e Reserva.
Contudo, a informação de que se tratava de uma "invasão" foi desmentida oficialmente pela Prefeitura de Tibagi. Segundo a assessoria de imprensa, a área onde se observa a movimentação é um assentamento já regularizado pelo Incra, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. A presença de novas famílias faz parte da dinâmica do local e segue os trâmites legais estabelecidos pela política de reforma agrária vigente.
O local em questão é o Assentamento Boa Vista, onde, no dia 14 de maio, foi iniciado o Acampamento Pepe Mujica, reunindo aproximadamente 250 famílias, em sua maioria vindas de Tibagi, Reserva e arredores. O objetivo principal é pressionar o Incra para acelerar o processo de criação de novos assentamentos rurais na região ou em outras áreas do Paraná.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a movimentação não representa uma ação clandestina, mas sim um esforço coletivo e organizado para ampliar o acesso à terra, previsto legalmente. Embora o MST ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre a ocupação até o fechamento desta matéria, o histórico do movimento indica que tais ações fazem parte de estratégias de negociação com os órgãos públicos federais.
A repercussão nas redes sociais reacende a discussão sobre a responsabilidade no compartilhamento de informações, especialmente em temas delicados como a reforma agrária, que envolve direitos sociais, acesso à terra e inclusão produtiva de famílias em situação de vulnerabilidade. O episódio reforça também a importância da checagem de fatos antes da disseminação de conteúdos sensacionalistas ou incompletos.
A Prefeitura de Tibagi reiterou que não há nenhuma ocupação irregular em curso, e que as famílias estão inseridas em um processo legal, reconhecido e acompanhado pelo Incra. Ainda de acordo com a administração municipal, qualquer nova movimentação no território será comunicada oficialmente à população para evitar ruídos e mal-entendidos.
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Gilson
Escritor, músico e comunicador compartilhando histórias que conectam Tibagi ao mundo.