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Bolsonaro nega tentativa de golpe em depoimento ao STF

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Bolsonaro nega tentativa de golpe em depoimento ao STF
Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana e negou qualquer envolvimento em plano de golpe de Estado. Interrogado no âmbito das investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro confirmou que houve discussões sobre alternativas políticas antes da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, mas garantiu que tais conversas não configuravam qualquer tentativa de ruptura institucional.
"Não houve plano de golpe. Conversamos, sim, sobre cenários, como qualquer governo faz em período de transição, mas jamais houve decisão ou articulação para derrubar as instituições", teria afirmado o ex-presidente, segundo fontes próximas à defesa.
A oitiva durou cerca de duas horas e foi acompanhada pelos advogados de Bolsonaro. Durante o depoimento, ele também disse que todas as suas ações enquanto chefe do Executivo respeitaram os limites constitucionais. O ex-presidente entregou documentos que, segundo sua equipe, reforçam essa versão dos fatos.
Repercussão nacional O depoimento ganhou destaque na imprensa brasileira, com manchetes em diversos veículos de grande circulação. A negação de envolvimento em plano golpista ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, que é alvo de múltiplos inquéritos no STF e investigações paralelas sobre os eventos do 8 de janeiro de 2023, quando sedes dos Três Poderes foram invadidas por manifestantes.
Analistas políticos avaliam que o depoimento foi estratégico para tentar desmobilizar as acusações mais graves e preservar capital político entre apoiadores. Ao mesmo tempo, juristas alertam que as investigações estão longe de uma conclusão e que novas diligências ainda podem trazer à tona elementos comprometedores.
Contexto das investigações As investigações sobre tentativa de golpe de Estado envolvem não apenas Bolsonaro, mas também militares de alta patente, empresários e outros políticos. O inquérito busca esclarecer se houve articulação para impedir a posse de Lula ou para promover uma ruptura democrática após as eleições de 2022.
Entre os elementos investigados estão reuniões no Palácio da Alvorada, conversas com comandantes militares e a elaboração de documentos que questionavam a lisura do processo eleitoral. A Polícia Federal já realizou diversas operações e apreendeu materiais que estão sendo analisados pelos investigadores.
Próximos passos O ministro Alexandre de Moraes deve analisar o depoimento de Bolsonaro junto com outras evidências coletadas ao longo da investigação. A expectativa é de que novos depoimentos sejam marcados nas próximas semanas, incluindo de militares e assessores próximos ao ex-presidente.
A defesa de Bolsonaro afirma que o depoimento demonstra a inocência do ex-presidente e que todas as suas ações foram pautadas pela legalidade. Já os críticos argumentam que as negativas eram esperadas e que as investigações devem se basear em evidências concretas, não apenas em declarações.
O caso continua sendo acompanhado de perto pela opinião pública e pode ter desdobramentos significativos no cenário político nacional, especialmente considerando as ambições eleitorais futuras de Bolsonaro.
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Gilson

Gilson

Escritor, músico e comunicador compartilhando histórias que conectam Tibagi ao mundo.

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